terça-feira, 10 de abril de 2012



Ayn Rand


Reflexão da filósofa russo-americana Ayn Rand (judia, fugitiva da revolução russa, que chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920), mostrando uma visão com conhecimento de causa:

"Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada."
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domingo, 8 de abril de 2012

sexta-feira, 6 de abril de 2012

"Os infiéis de determinada época se transformam nos santos da época seguinte. Os destruidores do velho são os criadores do novo. À medida que o tempo passa, o velho se vai e o novo, por sua vez, torna-se velho. Há no mundo intelectual, como no mundo físico, decadência e crescimento, e no túmulo dos que decaíram nasce a juventude e a alegria.

A história do progresso intelectual é escrita na vida dos infiéis; direitos políticos têm sido escritos por traidores, e liberdades de mentes, por hereges. Atacar um rei era traição; disputar com um sacerdote, uma blasfêmia. Por muitos séculos, a espada e a cruz foram aliadas. Juntas elas atacavam os direitos dos homens. Elas se defendiam entre si. O trono e o altar eram abutres irmãos gêmeos, vindos do mesmo ovo.

Jaime I disse: 'nenhum bispo, nenhum rei'. Ele deveria ter acrescentado: 'nenhuma cruz, nenhuma coroa'. O rei era o dono dos corpos dos homens. O sacerdote era dono da alma. Um vivia de taxas coletadas pela força; o outro, de esmolas coletadas pelo medo – ambos eram ladrões, ambos pedintes.

Esses ladrões e esses pedintes controlavam dois mundos: os reis faziam leis e os sacerdotes faziam crenças. Ambas atribuíam sua autoridade a Deus. Ambos eram representantes do Eterno.

Com as costas recurvadas, o povo carregava as obrigações de um, e com as bocas abertas de espanto, recebia os dogmas do outro. Se o povo tentasse ser livre, seria esmagado pelo rei, e todo sacerdote era um Herodes que esmagava as crianças pensantes.

O rei governava pela força, e o sacerdote, pelo medo, e ambos dependiam um do outro.

O rei dizia ao povo: 'Deus vos fez servos, e me fez rei; ele vos fez para o trabalho, e me fez para a alegria; ele vos deu trapos e ferramentas e me deu palácios e roupas ricas; ele vos fez para obedecer e me fez para comandar. Esta é a justiça de Deus'.

E o sacerdote dizia: 'Deus vos fez ignorantes e vis; ele me fez sábio e santo; vós sois as ovelhas; e eu, o pastor; vossas peles pertencem a mim; se não me obedeceis aqui, Deus vos punirá e vos atormentará para sempre num outro mundo. Esta é a misericórdia de Deus'.

'Não deveis usar a razão. A razão é uma rebelde. Não deveis contrariar – a contradição é nascida do egoísmo. Deveis acreditar. Aquele que tiver ouvidos para ouvir, que ouça'. O céu era só uma questão de audição."

Robert Green Ingersoll (Voltaire, 1894)


segunda-feira, 2 de abril de 2012



Lena-Romero Britto. — Hoje, a manhã passei bem; após o almoço, as dores do ombro direito deram ar da graça, em função, acredito, de algum movimento indevido. Pois bem; nenhuma dor, qualquer prebenda é relevante, quando se tem não apenas uma bela pintura a decorar a sala, e sim uma obra de arte. Bem acima do piano.

À tarde, um casal de amigos, Kleber e Fernanda, convidados para o casamento, presentearam a mim e Vanessa com uma tela, criada por a artista plástica Lena, Maria Helena dos Santos, mãe de Kleber; um maravilhoso quadro, à maneira de Romero Britto, retratando um multicolorido e alegre casal — eu, ao piano, e Vanessa, nele sentada, pernas cruzadas, fazendo o que mais ama: Cantar! Da ambientação projetada, compondo o riquíssimo e policromado cenário, repleto de notas musicais e claves que, em meio a um sem número de apaixonados e sugestivos corações, exalam tanto do teclado quanto da voz de Vanessa, pode-se ouvir e sentir a palpitante realidade de uma intimista apresentação musical a um dileto público — o claro intento da pintora!

Digo mais: Não é apenas mais uma tela, ou releitura de Romero Britto: É bem um reconhecimento — aos moldes do que Vinicius de Moraes escrevera: “Amigos não se faz, reconhece-os”. Na obra, contemplo esse reconhecimento. Nossas almas, de Vanessa e minha, ali se gravam — daí não temo apontar: Pretendesse o artista pernambucano recriar fielmente o quadro, não atingiria tal grau de sinceridade e verdade, de vida e sonoridade ali estampadas; afinal, não é Romero Britto, é Lena...

Santos, 31/03/2012
Ivan Pereira Santos Junior

Contatos da ARTISTA MARIA HELENA DOS SANTOS:Site: http://www.lenaartes.hd1.com.br/
E-mail: mhelena.stos@gmail.com
Fone: (13) 3271-3918

Se os abatedouros tivessem paredes de vidro...


domingo, 1 de abril de 2012

Poético. — Se eu fosse um poema, seria este:

“De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.

A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.

Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem

Nasço amanhã
Ando onde há espaço: 
— Meu tempo é quando.”
(Vinícius de Moraes, Poética; Nova Iorque, 1950)

Santos, 01/04/2012
Ivan Pereira Santos Junior