quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O prazer do espírito superior é bancar o idiota. — De certo modo, interessa ser tomado por bobo, porque o bobo, do dia para a noite, qual passe de mágica, pode surpreender. Portanto, não subestimes quem, amanhã, poderá mostrar-te eras tu o bobo, o tolo, o idiota, enquanto aquele revelará ter sido, sempre, mais inteligente e ainda mais esperto — exatamente, por fingir-se bobo.


Santos, 28/12/2011
Ivan Pereira Santos Junior
(Do livro "Entre a Verdade e a Poesia ou 'Reflexões Acerca da Condição Humana'")



terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Tão fácil dizer-se kardecista, católico, budista, protestante... a p.q.p.!  frequentar centro espírita, igrejas, templos, e ser, no entanto, na prática, no dia-a-dia, hipócrita, egoísta, maledicente... em suma, um bom F.D.P. (em maiúsculas)!!!
De um Aspecto Negativo da Falta de Fé. — Pouco importa se se crê ou não em Deus, ou se se cultiva, em geral, o ceticismo, ou niilismo, perante aquilo até onde atingem e conhecem o tato, a visão, a audição. O pior não é falta de fé: é falta de educação. Nada mais patético e repulsivo que um indivíduo descrente, desesperançoso da vida, cujo propósito, por essa particular condição, a subestimar a inteligência ou ignorância alheias, cinge-se a buscar, com todas as forças, tirânica e intransigentemente, impor apreciações particulares, conceitos pessoais — em uma palavra, sua visão de mundo, arvorando-se detentor da verdade. Um conhecimento erigido em tais bases está, senão sob o signo da morte prematura, fadado ao fracasso.


Santos, 26/12/2011.
Ivan Pereira Santos Junior
(Do livro "Entre a Verdade e a Poesia ou 'Reflexões Acerca da Condição Humana'")

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Tenho lido, amiúde: "Escolhe quem te faz feliz". Prefiro a sentença: Conhece-te a ti mesmo; reconhece a felicidade em ti, porque inata, e, assim, exercitarás com plenitude o poder da escolha.

Santos, 21/12/2011
Ivan Pereira Santos Junior
(Do livro "Do Amor-Próprio e Outros Amores  ou 'Um Livro Para o Caminho do Meio'")

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Nesta hora, rivalidades à parte, e afora bairrismos, não deve haver são paulinos, vascaínos, corintianos, palmeirenses, flamenguistas, gremistas ou santistas: Todos somos brasileiros, e onde quer que o Brasil se faça representar, por ele devemos TORCER!
Recado àqueles que torcem contra o Santos nesse Mundial: Antes de torcer em favor ou contra o Santos. F.C., você, brasileiro ou brasileira, deveria, antes, pensar que, embora não seja seu time de coração em campo, neste momento, joga um time BRASILEIRO no Japão. Em uma palavra: É nosso país lá fora... Torcer para o Santos, nesse caso, não é para o time em si, mas para brasileiros, irmãos, representando, para todo o mundo, aquilo que ainda propicia a este país, de políticos corruptos, alegria, orgulho e satisfação!

Fica a dica!!!

sábado, 10 de dezembro de 2011

Da supremacia dos gordos. ─ Se o valor das pessoas se medisse em razão de porte físico, ainda assim, os gordos, em quaisquer aspectos e circunstâncias, seriam os melhores seres humanos.


Santos, 10/12/2011
Ivan Pereira Santos Junior
(Do livro "Do Amor-Próprio e Outros Amores Um Livro Para o Caminho do Meio")



Poema da Vida Inteira

Quanta insensatez, meu Deus!
De repente, da alegre reunião de amigos,
Chego a casa.
O lar deserto. O silêncio...
A sala escura.
A vida se me desenrola ante os olhos, e, atônito,
Cada fato, cada lance, cada instante,
                        [pormenorizadamente, se me afiguram
Qual acabados de serem vividos, ou revividos
                        [─ e paro. Triste. Deprimido.
Uma qualquer angústia ─ a angústia do incerto.
Os extremos opostos da existência, num átimo, batem à porta;
                        [querem sentar-se à mesa.
Agora, impende, uma vez mais, subir o contrafluxo do rio.
Tudo o que desce tem de subir.
Cabe-me, sim, respirar pausada e não menos profundamente, e
Encontrar o silêncio e a calma, a consciência da calma.
Uma impressão qualquer de chegada a hora de despedir-me,
Hora a que me preparei dois terços desta vida...
(Mas... não quero, no fundo, bem lá no fundo, não quero.)
Cada livro não escrito. Cada música não composta.
Cada palavra não dita. Cada atitude não positivada.
E os livros na estante? Os que me aguardaram anos?
Tudo, para mim, é pouco. Ah!... é direito que me arrogo
Permanecer! Cumprir um ideal!
Entanto, sempre falta algo...
Tudo parece pouco...
As músicas que ouvi, os discos que toquei,
Cada conselho que dei, cada velha história, o verso usado...
O riso frouxo, as meras lembranças, a boemia, as madrugadas e
                        [quantos prantos a mulheres tolas
                        [e imerecidas.
Os amigos! Ah! Os amigos...
E o Nada, em meio da convulsão do espírito,
Da excitação dos sentidos, à luz da comoção do espetáculo,
O Nada se agiganta e me defronta, a intuir superar-me,
Como quisesse tornar-se Tudo, e tomar cada recanto do jardim
                        [da alma negra e vígil.
Inquisitivo, assemelha-se o Nada a um verdugo
E questiona-me o porquê, a razão, o motivo de eu não ter feito
O que poderia sê-lo, ou ter sido feito.
O motivo de eu não ter sido o que sonhara há anos
                        [e pretendera conquistar.
Pergunta-me ele que é Ser. O motivo de eu não ter sido.
Agora, em meu presente Agora, respondo-lhe que EU SOU!

Santos, 10/12/2011.
(Dez dias antes da cirurgia da coluna cervical...)
Ivan Pereira Santos Junior 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011


Memória. — Certa vez, ainda garoto, assisti, pela TV, a uma entrevista ao ator e comediante brasileiro Grande Otelo, que, já em idade avançada, indagado acerca de sua carreira artística, discorria, com tranquilidade e pormenores, a respeito de fatos e datas, de sua vida e de terceiros, a demonstrar espantosa, senão invejável memória.

Desde esse dia, impus-me o dever, quase sacerdotal, de recordar-me de tudo. Quanto a datas, bem... desenvolvi alguma facilidade...


Ivan Pereira Santos Junior
Santos, 05/12/2011
(220o Aniversário de morte de W.A. Mozart...).

domingo, 4 de dezembro de 2011

Da Desigualdade Social. — Recordar é preciso: Um planeta e dois mundos; e, assim, divide-se a Terra, a pretexto de autodeterminação dos povos e outros motivos inconfessáveis, sobretudo, o egoísmo, que atira no mais profundo lodo a condição humana e esboça a desigualdade como principal demarcador de fronteiras entre os ricos que esbanjam por mera ostentação; e os pobres, que chafurdam na lama da fome, da ignomínia e da indiferença feito bichos, amiúde, sem entender o drama que vivem. Os poderosos — sem interesse de estender as mãos; os pequenos — cada vez mais oprimidos.

Santos, 04/12/2011
Ivan Pereira Santos Junior
(Excerto de meu livro "Entre a Verdade e a Poesia, ou Reflexões Acerca da Condição Humana")




Viver de Aparências.


Nauseante indefectibilidade, pedantismo e vaidade, infelizmente, constituem apanágio de certos indivíduos que optam viver de aparências e de pensar no que os outros pensam e julgam de si — e isso, que se não pode chamar propriamente de vida, na mente e na conduta dessas almas infelizes, que muito deverão aprender, é o que, amiúde, impede ou dificulta sejam vistas por essa mesma sociedade como pessoas de bem, ainda que o sejam. É o que reputo “mortas pelo próprio veneno”, ou "penúria moral".


Viver de aparências, a custo da própria infelicidade, é testemunhar, irrefragavelmente, contra a autoestima e por ombros à perda da própria alma.


Ivan Pereira Santos Junior
Santos, 03/12/2011. 


sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Nada como um dia após outro. — Meus dramas, sempre que eles ressurgem, vivo-os todos, e intensamente, e à exaustão, por, no máximo, 24 horas — não mais que isso. Todo dia é dia, e nada como um após outro, em celebração do providencial ensejo do recomeço, para extirpar qualquer causa de reclamo ou mágoa, e refletir acerca de tudo quanto possuo e quanto sou, comparado a quem nada tem e, ainda assim, não ousa queixar-se, fazendo estampar à face a luz do sorriso em lugar do semblante aborrecido e sombrio.


Ivan Pereira Santos Junior
Santos, 02/12/2011.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O que se leva da vida é a vida que se leva. — Não levamos qualquer coisa desta vida. Para que, pois, perder tempo com maldade, críticas corrosivas; sarcasmo gratuito, a pretexto de fino humor; falsidade; falta de amor? Todos ocupamos corpos que terão, quando já desgastados, o mesmo e invariável destino, independentemente de condição financeira, intelecto e outros tantos fatores convencionados para, em verdade, afastar os homens uns dos outros por conta de preconceitos e discriminações entre si estabelecidos. Portanto, amemos, brinquemos, perdoemos e aproveitemos a vida.


Ivan Pereira Santos Junior
Santos, 01/12/2011.