Muito além da realização de um sonho para um músico, um dos maiores dias de minha vida: 28 de abril de 2012. Em viagem de lua-de-mel na Europa, ao passar por Viena, tive oportunidade de conhecer o museu instalado na casa onde, outrora, habitara o grande compositor alemão Ludwig van Beethoven, em Heiligenstadt, então subúrbio da capital austríaca. Nesse local, Beethoven, deprimido diante da progressiva surdez, redigira, em 06 de outubro de 1802, um documento, endereçado a seus dois irmãos, Kaspar Anton Carl van Beethoven (1774-1815) e Nicolaus Johann van Beethoven (1776-1848), mais tarde revisto como o famoso "Testamento de Heilingenstadt", descoberto somente após a morte do compositor.
Na recepção do museu, havia uma simpática senhora, quiçá a curadora, aparentemente octogenária, que, para surpresa minha e de minha mulher, logo aos primeiros minutos de conversa, inesperadamente, me pedira para tocar o piano ali existente... Estarrecido por alguns instantes, sentei-me ao piano. Após improvisar, toquei, até quando a emoção mo permitiu, trecho do primeiro movimento da sonata para piano n. 14, em dó sustenido menor, opus 27 n. 2, conhecida como "Sonata ao Luar", a música que se ouve no vídeo, gravado por minha mulher, Vanessa.
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