Na juventude perdida dos olhos
Dos olhos magos, envoltos em véu,
Do azul eu vinha, buscando — eu buscava
— A paz secreta do amor mais fiel.
Errando no azul do azul de seus olhos,
O olhar de Helena tombara-me incréu;
E quando eu buscava o azul de seus olhos,
Seus olhos eram-me os umbrais do céu.
Eram cirandas as tardes de sol;
Eram delírios as cores do mar.
Ia-se outono. Em delícia, eu sonhava
No azul perdido da dor de sonhar:
E enquanto o corpo dizia estar só,
A alma, tão livre, dizia que amava.
Ivan Pereira Santos Junior
Santos, 05/XI/2000.
(De meu livro "O Poema Tangenciando o Abismo - Um Livro Para Uma Metafísica da Poética".)
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