Trazendo, em suas vestes, estampadas, flores
[brancas,
Agita os ventos brandos a presença da menina
Que vem, sorrindo, alegre, co’a pureza de cirandas,
E surge, sem receios, sem mistério, e pequenina.
Assim, a minha musa, que acenava, tão distante,
Em meio a toda gente, eu, hoje, a chamo
[“Carolina”;
E é ela que vem vindo — ela vem vindo em meio à
[espuma
De dentro dessa tarde de calor e aragem fina.
Bailando aos sons dos cantos dos espíritos
[soturnos,
É ela a alva mulher abençoada pela lua
Que arranca a meus vãos olhos vaticínios
[taciturnos;
É ela, tão-só, ela que não quer que eu a possua,
Pois é ela a minha amada dos meus sonhos
[noturnos
— Noturnos quais jardins, onde, em torpor, a vejo
[nua!
Ivan Pereira Santos Junior
Santos, 13/XII/2000 — 03 h 40 min
(De meu livro "O Poema Tangenciando o Abismo - Um Livro Para Uma Metafísica da Poética".)
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