sábado, 25 de fevereiro de 2012

Amor de mais, amor de menos. — Definitivamente, o amor não peca, e nem deve, por retilinearidade — tem lá suas fases más. Tudo o que é retilíneo torna-se maçante, aborrecido, tedioso. No caso do amor romântico, sobretudo, há dia em que a afeição se intensifica; noutro, esfria; noutro se apresenta mediana — e o casal, ou um de seus partícipes, desavisado, já algum tempo unido, acaba por sofrer, temendo que isso abale a estrutura da relação. De modo algum; ao contrário da assertiva: “Pouco amor não é amor”, insculpida por o dramaturgo e escritor brasileiro Nelson Rodrigues, em certos momentos, tem-se apenas impressão de haver amor de mais e noutros, de menos; porém, o amor existe — e isso é o que importa para seguir adiante e viver os prazeres da felicidade.

Santos, 25/02/2012
Ivan Pereira Santos Junior
(De meu livro "Do Amor-Próprio e Outros Amores, ou 'Um Livro Para o Caminho do Meio'")


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