terça-feira, 28 de fevereiro de 2012























Uma leitura necessária: Percepção.

Um homem sentou-se em uma estação de metro em Washington DC e começou a tocar violino; era uma fria manhã de janeiro. Ele tocou 6 peças de Bach por aproximadamente 45 minutos. Durante esse tempo, considerando que era horário de pico, calcula-se que 1100 pessoas passaram pela estação, a maioria a caminho do trabalho.


Três minutos se passaram, e um homem de meia-idade percebeu que um músico estava tocando. Ele diminuiu o passo, parou por alguns segundos, e então apressou-se a seus compromissos.


Um minuto depois, o violinista recebeu sua primeira gorjeta de 1 dólar: Uma mulher arremessou o dinheiro na caixa e continuou a andar.


Alguns minutos depois, alguém se encostou na parede para ouvi-lo, mas o homem olhou para seu relógio e voltou a andar. Obviamente, estava atrasado para o trabalho.


Quem prestou mais atenção foi um garoto de 3 anos de idade. Sua mãe, que o trazia, apressou-o, porém o garoto parou para olhar o violinista. Por fim, a mãe o empurrou fortemente, e a criança continuou a andar, virando sua cabeça à toda hora. Tal ação se repetiu por muitas outras crianças. Todos os pais, sem exceções, os forçaram a seguir andando.


Nos 45 minutos que o músico tocou, apenas 6 pessoas pararam e ficaram lá por um tempo; aproximadamente vinte lhe deram dinheiro, mas continuaram a andar. Ele recebeu $32; quando acabou de tocar, ninguém percebeu: Ninguém aplaudiu, tampouco houve algum reconhecimento.


Ninguém sabia disso, mas o violinista era Joshua Bell, um dos mais talentosos músicos do mundo. Ele acabara de tocar umas das peças mais difíceis já compostas, em um violino que valia $3,5 milhões de dólares.


Dois dias antes de ele tocar no metrô, Joshua Bell esgotou os ingressos em um teatro de Boston onde cada poltrona era aproximadamente $100.


Esta é uma história real. Joshua Bell tocou incógnito na estação de metrô, que foi organizado pelo Washington Post como parte de um experimento social sobre percepção, gosto, e prioridade das pessoas. O cabeçalho era: no ambiente comum em uma hora inapropriada:

NÓS PERCEBEMOS A BELEZA? NÓS PARAMOS PARA APRECIÁ-LA? NÓS RECONHECEMOS TALENTO EM UM CONTEXTO INESPERADO?


Uma das possíveis conclusões desse experimento poderia ser: 

SE NÃO TEMOS TEMPO PARA PARAR E OUVIR UM DOS MELHORES MÚSICOS DO MUNDO TOCANDO ALGUMAS DAS MELHORES MÚSICAS JÁ COMPOSTAS, QUANTAS OUTRAS COISAS MAIS NÃO ESTAMOS PERDENDO?

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