segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Da exploração da fé. — Enquanto a humanidade negar a primazia e a simplicidade da prática do Amor e da Caridade, em nome do apego a dogmas, a fórmulas sedutoras porém vazias, às religiões tradicionais e a inumeráveis doutrinas pseudoespiritualistas — que a cada dia brotam à farta, a pretexto dos objetivos mais inconfessáveis e menos lícitos —, o medo, o temor, a cegueira, o fanatismo, a ignorância, o castigo, a inquietação e a negação da razão — da fé raciocinada — continuarão sendo os pilares a que certos indivíduos, movidos por ganância e demagogia, permaneçam a explorar a humildade, a credulidade e as economias de almas desesperadas e sequiosas de palavras animosas, espertando-lhes a excitação e as paixões, e mantenham-se no poder, atrás de púlpitos dourados, altares vistosos, tetos magníficos e templos nababescos.

Santos, 13/02/2012
Ivan Pereira Santos Junior
(Trecho de meu livro "Vamos Ensaiar Uma Canção?, ou O Homem Como um Destino")

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